A fábrica
2010/12/20
2010/11/19
2010/11/17
tempo
De modo que o meu espírito;
Ganhe um brilho definido;
Tempo tempo tempo tempo;
E eu espalhe benefícios;
Tempo tempo tempo tempo...
tempo
E quando eu tiver saído;
Para fora do teu círculo;
Tempo tempo tempo tempo;
Não serei nem terás sido;
Tempo tempo tempo tempo...
tempo
Ainda assim acredito;
Ser possível reunirmo-nos;
Tempo tempo tempo tempo;
Num outro nível de vínculo;
Tempo tempo tempo tempo...
construção
Subiu a construção como se fosse sólido;
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas;
Tijolo com tijolo num desenho lógico;
Seus olhos embotados de cimento e tráfego;
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe;
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo;
Bebeu e soluçou como se fosse máquina;
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo...
E tropeçou no céu como se ouvisse música.
E flutuou no ar como se fosse sábado;
E se acabou no chão feito um pacote tímido;
Agonizou no meio do passeio náufrago;
Morreu na contramão atrapalhando o público.
2010/10/06
2010/10/05
2010/09/26
2010/09/15
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2010/08/11
2010/08/06
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2010/06/05
2010/06/03
2010/05/16
2010/05/14
2010/05/10
de todos os fogos...
Mas agora vale a pena aproveitar esta calma absurda, deixar-se estar olhando o desenho feito pelos galhos da árvore contra o céu mais claro, com algumas estrelas, seguindo com os olhos semifechados esse desenho casual dos galhos e das folhas, esses ritmos que se encontram, se sobrepõem e se separam, e às vezes mudam suavemente quando uma rajada de vento quente passa por cima das copas, vindo dos pantanais. Penso em meu filho que está longe, a milhares de quilômetros, num país onde ainda se dorme na cama, e sua imagem me parece irreal, afina-se e perde-se entre as folhas da árvore, e, em compensação, me faz tanto bem lembrar o tema de Mozart, que sempre me acompanhou.
Cortázar (?)
2010/04/13
2010/04/02
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2010/03/23
2010/03/14
2010/03/09
Quando abrir a porta e assomar à escada, saberei que lá em baixo começa a rua; não a norma já aceita, não as casas já conhecidas não o hotel em frente; a rua, a floresta viva onde cada instante pode jogar-se em cima de mim como uma magnólia, onde os rostos vão nascer quando eu os olhar, quando avançar mais um pouco, quando me arrebentar todo com os cotovelos e as pestanas e as unhas contra a pasta do tijolo de cristal, e arriscar a minha vida enquanto avanço passo a passo para ir comprar o jornal na esquina.
Cortázar
2010/03/07
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Ponto de vista do Dragão
2010/02/10
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