construção
Subiu a construção como se fosse sólido;
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas;
Tijolo com tijolo num desenho lógico;
Seus olhos embotados de cimento e tráfego;
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe;
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo;
Bebeu e soluçou como se fosse máquina;
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo...
E tropeçou no céu como se ouvisse música.
E flutuou no ar como se fosse sábado;
E se acabou no chão feito um pacote tímido;
Agonizou no meio do passeio náufrago;
Morreu na contramão atrapalhando o público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário